LINGERIE, UM POUCO DE HISTÓRIA....




Sou fascinada por lingeries de todos os tipos, e que mulher não é.....infinita variedade de cores, texturas e muitos detalhes,  do conforto ao luxo, tudo deve ser levado em consideração quando o assunto é se sentir bem.



Quem admira as belas peças hoje existentes não imagina a trajetória delas até aqui.....  

Os primeiros registros de peças parecidas com calcinhas, data, uns dizem de 3.000 A.C na Babilônia, e outros de 40 A.C. usadas pelas mulheres romanas, onde eram amarradas como fraudas, feitas em materiais que poderiam variar entre algodão, linho ou lã, sendo também usados panos amarrados na altura dos seios, tendo ai uma das primeiras noticias das roupas intimas.

As mulheres de Creta também usavam uma espécie de corpete simples que sustentavam a base do busto, deixando seus seios nus. Essa moda era inspirada na Deusa com Serpentes, que na época era o seu ideal feminino. 

Nessa época as roupas íntimas eram consideradas também símbolo de status na sociedade, as mulheres que as usavam eram consideradas de alta posição social, quanto mais rica e cheia de detalhes sua roupa mais seu marido era bem sucedido.
 

É, mas nem tudo são flores, na Idade Média, começou a tortura das mulheres, foi quando surgiram os ancestrais do corselete. 

Nessa época por volta do ano XV, as mulheres nobres passaram a usar um largo cinto sob o busto que, além de sustentar os seios, faziam com que eles parecessem mais volumosos.


Do século XV ao XVI, durante o Renascimento, a roupa íntima feminina ficou ainda mais rígida. É nesta época que surgiu o corps piqué, um corpete pespontado que apertava o ventre, afinava a cintura e deixava os seios com aspecto de cones. 

Esta peça era construída com uma haste, que muitas vezes era feita de madeira de luxo ou marfim. 

Havia, ainda, uma haste de metal central que, em alguns modelos, chegava a pesar até um quilo. Essas hastes eram trabalhadas com gravuras e inscrições, pois, de acordo com os costumes da época, podiam ser retiradas e exibidas em sociedade depois de um lauto jantar. 

No entanto, estes corpetes comprimiam órgãos internos, causando entrelaçamento de costelas e até a morte, existem relatos de muitas mulheres que desmaiavam ao vestir essas peças, é comum também em filmes da idade media ver moças com corselete apertado, onde em muitos casos a cintura não passava de 30 cm, os materiais mais rígidos faziam com que a anatomia da mulher mudasse completamente e a cintura ficasse bem mais fina.

Hoje em dia eles continuam super em alta, e podem ser de muito bom gosto e bem confortáveis, diferentes dos primeiros existentes.....
 
 

Somente no século XVIII é que as mulheres começam a respirar, literalmente, um pouco mais aliviadas. 

É que as hastes de madeira e metal foram substituídas pelas barbatanas de baleia. Os decotes aumentaram e os corseletes passaram a ser confeccionados para comprimir a base do busto, deixando os seios em evidência. 

Também foi nesta época que os corseletes ganharam sofisticação. 

Eram bem trabalhados com bordados, laços e tecidos adamascados. E, a partir de 1770, junto com as idéias iluministas que culminaram com a Revolução francesa, houve uma espécie de cruzada anti-espartilho. Médicos, escritores, filósofos militavam contra os corseletes.


No século XIX, as crinolinas (anáguas confeccionadas com tecidos rígidos, feitos de crina, para armar as saias), praticamente desapareceram. Mas o corselete permaneceu na moda. Em 1832, o suíço Jean Werly abriu a primeira fábrica de espartilhos sem costuras. 


E, em 1840, foi lançado um modelo com um sistema de cordões elásticos. Isso permitia que a mulher pudesse, ela mesma, vestir e tirar a peça sozinha. Além do corselete, as roupas íntimas eram compostas por calças que chegavam até os joelhos, cheias de babadinhos......... (continua....... até o próximo post....bjim.......). 
 

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